É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigosNão tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.- Pablo Neruda -
sábado, 5 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
"Na fé, eu sou capaz de me dizer, com amorosa humildade, que grande parte das vezes eu não sei o que é melhor para mim. Eu não sei, mas Deus sabe. Eu não sei, mas minha alma sabe. Então, faço o que me cabe e entrego, mesmo quando, por força do hábito, eu ainda dê uma piscadinha pra Deus e lhe diga: “Tomara que as nossas vontades coincidam”. Faço o que me cabe e confio que aquilo que acontecer,seja lá o que for, com certeza será o melhor, mesmo que algumas vezes, de cara,eu não consiga entender".
[Ana Jácomo]
'Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida - isso não cabe a mim, isso já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece.'
[Clarice Lispector]
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
em "
Medo de sofrer o que não está acostumada.
Medo de se conhecer e esquecer outra vez.
Medo de sacrificar a amizade.
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros.
Medo se o telefone toca, se o telefone não toca.
Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa.
Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo.
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção.
Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.
Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen,
de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso,
medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer,
talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.
Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo.
O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado.
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo,
que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar,
que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa,
recolhida como se fosse paz.
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer.
Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você.
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério
quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas.
Medo do cheiro nos cabelos.
Medo de não respirar sem recuar.
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.
Medo da vergonha que vem junto da sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa.
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito.
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la.
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar.
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto,
do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada...
terça-feira, 7 de julho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Paulo Leminski
domingo, 21 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
segunda-feira, 25 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
...
"Recomeçar é sempre bom. Ando com vontade de sacudir a poeira das experiências adquiridas e ganhar territórios novos. Esse desprendimento demanda liberdade, uma senhora regida pelo desapego. Então, corto os laços de cetim e também as cordas. Quero seguir o fluxo da vida como um rio, soltando a âncora porque chegou a hora, deixando velhos portos onde guardo realizações como troféus da existência. Sempre há caminhos novos... As mudanças vêm bater na minha praia. Devo aproveitar seu balanço para me lançar ao mar. Navegar é preciso... e navegar é uma batalha interior que depende de vontade própria. Exige vencer os desafios dos sete mares: o mar do comodismo, do apego, da resistência a mudanças, do equívoco da segurança (porque nada é seguro), do fantasma das perdas, do rompimento dos padrões, do medo do desconhecido. Na minha bagagem acumulei um excesso de responsabilidades que não me pertencem. Estou querendo viajar por minha conta e risco. Até o fim da estrada com direito a paradas prazerosas para contar estrelas e contar histórias. Não quero deixar o melhor de mim para amanhã..."
Célia Musilli
quarta-feira, 11 de março de 2009
- Fabricio Carpinejar
segunda-feira, 9 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
"Imagino-me, em certos momentos, uma princesinha, sobre um terraço, sentada num tapete. Em volta... tanta coisa! Bichos, flores, bonecos... brinquedos. Às vezes a princesinha aborrece-se de brincar e fica, horas e horas, esquecida, a cismar num outro mundo onde houvesse brinquedos maiores, mais belos e mais sólidos
Mare parvulum antequam luxero si Pater meus non eris.
Deus, tamen non sine timore Te amo, non sine metu.
[O homem humano in Adélia Prado]
Clarice Lispector in “A hora da estrela”
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
"Ela gostava quando, depois de muito tempo calada, ele pegava no seu queixo perguntando ― o que foi, guria? Ele gostava quando ela dizia sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você. Ela gostava quando ele dizia gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo. E de quando ele falava calma, você tá tensa, vem cá, e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia bobo, você não passa de um menino bobo."
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
"(...) ou então suponhamos que um homem perguntou a uma mulher, Amas-me, e ela se cala, olhando-o apenas, esfíngica e distante, recusando a dizer o Não que o destroçará, ou o Sim que os destroçaria, concluamos, pois, que o mundo estaria bem melhor se se contentasse cada um com o que vai dizendo, sem esperar que lhe respondessem, e, mais ainda, sem o pedir nem o desejar. (...)"
[Saramago]
Será que a gente chega
Eu sinto que o meu coração tá com jeito de bem me quer
mulher
Mesmo pra quem só carece de ver a viagem
todo caminho que fazem
Todo destino padece aqui
Você precisa ver como fica no carnaval
O bairro do peixoto é um barato
E os velhinhos são bons de papo...
[Marcelo Camelo]
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Nem uma única rosa vermelha em todo meu jardim! – chorou o Estudante, e seus lindos olhos ficaram marejados de lágrimas. – Ai, como a felicidade depende de pequenas coisas! Já li tudo que escreveram os homens mas sábios, conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de uma rosa vermelha minha vida esta desgraçada.
Você disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse um a rosa vermelha – exclamou o Estudante. – Aqui está a rosa mais vermelha do mundo inteiro. Use-a junto ao seu coração hoje à noite, e enquanto estivermos dançando eu lhe direi o quanto a amo.
- Você é muito ingrata. – disse o Estudante com raiva, e atirou a rosa na rua, onde ela caiu em uma sarjeta e uma carroça acabou passando por cima.
Que coisa tola é o amor! – disse o Estudante, enquanto se afastava. – Não tem a metade da utilidade da Lógica, pois não prova nada, e fica sempre dizendo a todo mundo coisas que não vão acontecer, fazendo com que acreditemos em coisas que não são verdade. Enfim, não é nada prático e, como hoje em dia ser prático é o importante, vou voltar à Filosofia e estudar Metafísica.
E voltou para seu quarto, onde pegou um enorme livro todo empoeirado e começou a ler.
[Oscar Wilde in O Rouxinol e a Rosa]sábado, 20 de dezembro de 2008
♪ eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
pode ser cruel a eternidade
eu ando em frente por sentir vontade
eu quis te convencer, mas chega de insistir
caberá ao nosso amor o que há de vir
pode ser a eternidade má
caminho em frente pra sentir saudade
clipes e lápis de cor na minha cama
todos pensam que estou triste
vou passear nas melodias e abelhas e pássaros
ouvirão minhas palavras ?
eu posso esquecer de mim mesmo
tentando ser todos os outros
eu sinto que podemos ir embora
me delicie hoje!
eu te deixo ficar se você se render ...
[Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá]
[Janta - Marcelo Camelo]
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
-Ah,terminei o namoro...
-Nossa, estavam juntos há tanto tempo.....
-Cinco anos...que pena...acabou....
-é...não deu certo...
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Quando, seu moço nasceu meu rebento, não era o momento dele rebentar. Já foi nascendo com cara de fome e eu não tinha nem nome prá lhe dar. Como fui levando, não sei lhe explicar. Fui assim levando ele a me levar, e na sua meninice, ele um dia me disse que chegava lá.
Olha aí! Olha aí!Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega! Chega suado e veloz do batente , traz sempre um presente prá me encabular. Tanta corrente de ouro seu moço!Que haja pescoço prá enfiar. Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro: Chave, caderneta, terço e patuá, um lenço e uma penca de documentos, prá finalmente eu me identificar. Olha aí!Olha aí! Ai o meu guri, olha aí! Olha aí! É o meu guri e ele chega! Chega no morro com carregamento: Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador. Rezo até ele chegar cá no alto, essa onda de assaltos, tá um horror. Eu consolo ele.Ele me consola. Boto ele no colo prá ele me ninar.De repente acordo olho pro lado e o danado já foi trabalhar. Olha aí!Olha aí! Ai o meu guri, olha aí!Olha aí!É o meu guri e ele chega!Chega estampado , manchete, retrato , com venda nos olhos, legenda e as iniciais. Eu não entendo essa gente, seu moço! Fazendo alvoroço demais. O guri no mato acho que tá rindo. Acho que tá lindo de papo pro ar.
Desde o começo eu não disse, seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!Olha aí
!Ai o meu guri, olha aí
Olha aí!
E o meu guri!..
[Chico]
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Por que você não cola em mim?
Não sou nem quero ser sua dona
É que um carinho às vezes cai bem...
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ele de repente me ganha?
Quando a gente gosta é claro que a gente cuida
Fala que me [adora], só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está maduro...
[ vc e eu fomos uma história bonita...c cuida!!]
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Kevin Arnold, in "Coda".
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
[Fernanda Young]
In Caio